Desafogue o caixa do seu supermercado

Confira algumas iniciativas para tirar sua empresa do vermelhoCAIXA-VERMELHO-EGESTORA

A inadimplência das empresas subiu 2,5% nos primeiros três meses de 2016 ante o quarto trimestre do ano passado, segundo dados da Boa Vista SPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), sem ajustes sazonais. Isso indica que o número de companhias no vermelho está crescendo rápido devido às turbulências econômicas, entre outros fatores.

Para os supermercados, a situação pode ser ainda mais grave em função das baixas margens de lucro. Em um cenário de pressão inflacionária e queda de consumo, elas tendem a ser ainda mais pressionadas. A situação pode piorar com a falta de planejamento, comum em muitas empresas do setor. Em palestra realizada na HSM ExpoManagement, no ano passado, o empresário Abilio Diniz alertou: “Caixa no vermelho é um veneno que mata as companhias”. Veja a seguir, algumas medidas que você pode tomar para combater o problema.

Encontre as causas 
Para identificar os problemas da operação, é preciso elaborar um planejamento financeiro e estratégico. Segundo Samuel Lopes, consultor da TIEX, empresa de gestão e consultoria corporativa, o plano deve ter como base as necessidades e objetivos da empresa. Ele precisa considerar as dificuldades enfrentadas pela companhia no passado e no presente, além de fazer uma projeção para o futuro. É preciso contemplar informações como investimentos, projetos e ações dos departamentos, relatórios de vendas, compras, estoque, perdas, margens, além de despesas fixas e variáveis. Isso vai ajudar a identificar onde estão os maiores gastos, dinheiro parado e se as vendas não estão correspondendo ao esperado.
Entre as principais causas que levam supermercados a enfrentar problemas de caixa estão:
•    Mercadorias paradas nas prateleiras
•    Alto nível de estoque
•    Excesso de promoções mal planejadas
•    Retiradas seguidas de grandes quantias do caixa para uso pessoal
•    Elevados custos operacionais
•    Precificação sem estratégia
•    Pagar mais tributos do que o necessário
•    Investimentos mal planejados
•    Empréstimos e financiamentos mal negociados ou para pagar dívidas

Plano de ação 
Identificadas as causas, é preciso montar um plano de ação com cada departamento para resolvê-las o mais breve possível.

Redução do endividamento 
Para diminuir o nível de endividamento, consultores de varejo recomendam negociar novos prazos e redução de juros com os credores. Trocar o perfil da dívida também é uma alternativa. Ou seja, contrair um financiamento de longo prazo, cujas taxas costumam ser menores, para quitar a dívida de curto prazo, que são mais caras. Com isso, o pagamento é diluído, o que reduz a parcela mensal.
Incentivar o pagamento à vista entre os clientes, em vez de cartão também ajuda. Se a loja contar com uma carteira significativa de portadores de private label e outras marcas de cartão, é necessário fazer uma boa revisão dos prazos de pagamento aos fornecedores. A ideia é pagar apenas depois de receber.

Corte excessos 
O excesso de gastos com a operação é outro vilão do caixa das empresas. A partir de uma boa análise dos custos fixos e variáveis é possível saber o que pode ser cortado da operação sem afetar o negócio. A negociação de contratos com fornecedores, seguradoras, prestadores de serviços e bancos é primordial para obter descontos e vantagens. Outra oportunidade está na venda de ativos que fogem ao “core business”. Além de fazer dinheiro, você elimina as despesas geradas por eles, como tributos, por exemplo. Mas tenha em mente que cada empresa tem oportunidades específicas de redução de custos, que precisam ser identificadas.

Separe gastos pessoais dos da empresa
Os sócios devem retirar pro-labore e abono. A ideia é que sejam remunerados adequadamente, sem precisa recorrer ao caixa do supermercado. Segundo os especialistas, esse ainda é um erro comum entre pequenos e médios empresários.

Pague menos impostos 
O planejamento fiscal é muito importante para qualquer companhia independentemente do seu porte. Sua falta pode gerar uma das maiores despesas ocultas de uma empresa. A escolha do regime tributário, por exemplo, não pode ser baseada apenas no faturamento anual. De acordo com tributaristas, isso eleva riscos de pagamentos indevidos. O correto é considerar, além da receita anual, a margem de lucro, despesas, depreciação de bens e atividade exercida. Outra vantagem do planejamento tributário é permitir uma melhor organização e controle do negócio. Além disso, é uma maneira de fazer um planejamento sucessório e de proteção do patrimônio.

Fonte: SM

E GESTORA – Software para Supermercado / ERP – Frente de Caixa 

Leia
Também